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Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brazil
Sou metalúrgico aposentado,chaveiro autônomo, gosto de ler e escrever poesias. Visualizar meu perfil completo

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Poeta pensando /8


POETA PENSANDO/8
   Sobre o poeta pensando/7- a reação foi violenta e imediata. Por e-mail e por telefone. Ótimo! Sinal que leram, Alguns concordaram. Outros não. Perguntaram-me: se eu sou a favor da impunidade, se eu acho que devemos deixar as crianças fazerem o que bem entendem? Se eu não estaria agredindo os pais?
   Claro que não!  Dizer o que eu penso não é agredir ninguém, nem quer dizer que eu sou o dono da verdade. Entretanto, achamos às vezes, que uma palavra é agressão e uma tapa não.
   Nunca fui a favor da impunidade. Acho que se o empregado desrespeita as normas de uma empresa, esse empregado deve ser advertido, suspenso ou demitido. Não com uma tapa. Quem não respeita leis de trânsito deve ser punido com uma multa. Nunca com uma tapa. O malfeitor deve ser preso, julgado, condenado ou não. Para isso existem as leis. Se alguém faz o que não gostamos devemos dialogar, pedir correção, reclamar, protestar. Se nada funcionar, procuremos a justiça, a lei, cortemos amizade com essa pessoa. O político não corresponde a nossa expectativa, não votemos mais nele. Ou nós iremos bater nele? Se não batemos em deputados que erram, adultos que erram, porque devemos bater em crianças?
  Nós erramos conosco mesmo, esquecemos, falhamos, fazemos negócios errados, perdemos dinheiro, outros benefícios, mas não damos uma pata nas nossas caras. Se fizermos isso, estamos perdidos, desnorteados, e não iremos resolver nada com isso. Existem várias maneiras de punir uma criança que erra. Avisá-la que errou; passar-lhe um carão, privá-la de um brinquedo, de uma mesada, de um passeio, de um programa na televisão... Tudo de acordo com a sua idade e o seu entendimento. Acho que devemos sim ensinar aos nossos filhos a defenderem os seus direitos por caminhos legais e, não que, quem erra, deve apanhar como se fazia antigamente com escravos e negros fujões. Será que não herdamos esse ensinamento da época das senzalas. Antigamente os negros que apanhavam muito, fugiam formava Quilombos, hoje as crianças que apanham muito fogem de casa e formam comunidades de rua, as chamadas gangs. Por que estranhamos isso? Se uma criança não é devidamente amada e respeitada pelos seus pais, como poderão amar e respeitar a sociedade? Ou nós estamos nos escandalizando com os malefícios que nós mesmos causamos?
 Isso é o que eu penso – 11/09/2011.

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