CONTRA PASSO
É o riacho
Dos meus passos
Fluindo para cima e para baixo.
É o vazio cheio
O começo pelo nmeio.
O fim sem início
O abismo sem precipício.
Sem taras, sem caras,
sem lemas, sem esquemas.
Sem rimas ou sem poemas.
Como a visão do vilão,
Como o som do violão,
Do interprete sem canção.
O cheiro mudo,
O grito surdo,
O medo sem guera
O latifúndo sem terra
Contra passo dos meus passos
Sem lógica, sem técnica.
Sem histórias,
sem glórias, sem fracassos.
É a confusão da calma
Quando a caneta passeia
Não sou eu falando
Não sou eu escrevendo
São apenas os tique-taques
Do meu louco...
Louco...
Louco...
Louco...
CORAÇÃO.
Egídio Timóteo Correia.
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