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domingo, 7 de setembro de 2014

Cordel número 23




Cordel do contraditório/23


Demagogia não falta
Em anos de eleição
O político que fala é santo
Seu adversário é ladrão.
Adversário é diabo
Só ele é a salvação.

Chantagem emocional
Também é aproveitada
O político que morreu
Era uma alma sagrada
Que iria mudar o mundo
Não iria faltar mais nada.

Quem era do seu partido
Não se cansa de mentir
Diz que o morto recomendou
No momento de partir
Pra votar no seu partido
Para tudo evoluir.

Usam até  o falecido
Dizem que  Deus o chamou
Pra trabalhar lá no céu
E que ele recomendou
Pra levantar a bandeira
Que ele aqui empunhou.

Boatos e mais boatos
Mentiras e mais mentiras
Acusação sem ter provas
Que até desperta a ira
Com toda essa sacanagem
Que a eleição sempre vira.

Propaganda eleitoral
Vira uma anarquia
 Um se dirige ao outro
Com deboche e ironia
Insulta denigre e maltrata
É a pior baixaria.

O debate na TV
Também não merece atenção
Todos falam em segurança
Moradia, saúde e educação.
Mas ganhando se esquecem
Não passa de enganação.

Quem for o melhor falante
Quem souber mais seduzir
Se sai melhor no debate
Só basta saber mentir
Prometer o impossível
E ao eleitor iludir.



Eu não voto em pesquisa
E em nem voto em propaganda.
Eu não voto em debate
Nem no que a TV manda.
Eu não sou eleitor trouxa
Por ai não toca a banda.

Meu candidato eu já sei
Bem antes da eleição
Acompanho a sua vida
E a sua inclinação
Pra pobreza ou pra elite
E qual a sua formação.

Não existe país perfeito
E nem político perfeito.
Não tem salvador do mundo
Em qualquer que seja eleito
Vai haver imperfeição
Pois não tem homem perfeito.

Pra terminar meu cordel
Digo com sinceridade
Para ganhar  nosso voto
Fingem amor e bondade
Mas ao chegar ao poder
Nem pra mim nem pra você
Haverá facilidade.


Egídio Timóteo Correia.

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