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Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brazil
Sou metalúrgico aposentado,chaveiro autônomo, gosto de ler e escrever poesias. Visualizar meu perfil completo

domingo, 23 de fevereiro de 2014

CORDEL DO CONTRADITÓRIO/13 (Egídio Timóteo Correia)



Poeta tem a língua solta
Fala do que está querendo
Sem preguntas vai dizendo
O que mais lhe incomoda
Não quer saber se é moda
Manter no peito guardado
O que deve ser comentado.
Escrever é sua sina
Faz um verso e uma rima
E deixa tudo anotado.

Tem gente que ignora
A coragem de um poeta
Quando erra ou quando acerta
Por não querer esconder
O que ele tem pra dizer.
O jeito de se expressar
Seu sentir seu linguajar
Não tem regras padronizadas
Não tem medida acertada
Porque a sua regra é amar.

Ter coragem pra falar
Tem um preço a ser pagado.
Muitas vezes se é cobrado
Por não saber agradar.
A quem não quer escutar
As verdades de um poeta.
Muita gente até detesta
Quando um poeta ousa e cria
E se valendo da poesia
Também reclama e protesta.

Mas tem as suas vantagens
O saber poetizar.
Ler ouvir interpretar
O que outras pessoas sentem.
Um poeta competente
Sabe passar pra história
O que tem em sua memória
O passado e o presente
E assim descreve contente
O que vai rolando agora.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Infeliz aniversário



O bolo está na mesa
As velinhas estão acesas
Muita gente pra comemorar
Mas você onde está?

No céu
Existem incontáveis estrelas
Mas elas não substituem a lua
E ninguém substitui a presença sua.

Estou segurando as lágrimas
A sala está cheia
Meu peito está vazio
Porque não posso vê-la.

 As pessoas não sabem
A falta que você me faz
Nada posso comemorar
Se ao meu lado você não está.

Aniversariante desgarrado
No meio da multidão.
Todos cantam parabéns
Mas você não vem.
De que vale tudo então,
Se só há tristezas,
No meu desgarrado coração?

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O que é bom a gente compartilha

Aceitação...

Sheila do Blog Passarinhos no Telhadoem!Passarinhos no telhado - Há 13 horas
"Na vida, temos que aceitar os dias bons junto com os maus. Dias bons nos dão alegria. Dias maus nos dão experiência. Ambos são essenciais para nossa máxima plenitude." Yehuda Berg imagemdaqui *Em total aceitação...* *Bom início de semana! :)*

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Receita para melhorar


MENSAGEM PARA UM JOVEM QUALQUER.
Você quer melhorar sua vida e melhorar o seu país? Eu lhe dou a receita:
 Anos sessenta. Quando eu tinha 23 anos de idade, eu era balconista em uma loja de tecidos na cidade que nasci.  Trabalhava com um fardamento padronizado e uma gravata no pescoço. Estudava no melhor colégio e frequentava o melhor clube da cidade.  Achei que precisava melhorar de vida e fui para São Paulo. No segundo dia que eu estava lá, um ladrão entrou no local onde eu fui morar e levou todo o pouco que eu tinha. Fiquei sem roupa, sem sapato, sem dinheiro, sem emprego, sem parente, sem amigos e em um lugar que não conhecia. Para não passar fome, fui a uma sorveteria pedir para vender picolé pelas ruas, lá, o dono da sorveteria me disse que eu tinha de ter uma caixa de isopor e dinheiro para pagar antes, o picolé que eu queria vender. Explique-lhe a minha situação e a muito custo ele me emprestou uma caixa que já estava furada e que eu tapei o furo com uma rolha de cortiça, e muito desconfiado, deixou que retirasse sem pagar 50 picolés. Eu que trabalhava bem vestido e com uma gravata no pescoço, passei a trabalhar com uma caixa de isopor nas costas. Continuei vendendo, com o meu lucro eu comprava um filão de pão e uma palma de bananas, esse foi o meu alimento todos os dias, durante três meses, até arrumar o meu primeiro emprego. Era anos sessenta período de muitas passeatas, protestos e agitações. Eu nunca participei de nenhuma delas, não tinha tempo para isso. Nunca desafiei a polícia, não fui preso, não apanhei, não bati e nem feri ninguém. Sempre achei que essas coisas não consertam nada.  Assim que tive oportunidade matriculei-me no Senai. Fiz ajustagem mecânica, controle de qualidade e metrologia. Tornei-me profissional e fui trabalhar em uma metalúrgica. Já um pouco melhor de vida, casei, comprei um terreno, trabalhava à noite na fábrica, e, de dia ia para o meu terreno construir uma casa para morar. Vieram filhos, a minha casa não estava terminada ainda, mas eu já estava melhor de vida e imaginei que podia fazer alguma coisa para melhorar a vida de outras pessoas mais pobres do que eu. Comecei a trabalhar como voluntário na pastoral da família em uma igreja católica do meu bairro. Visitei muitos barracos e encontrava alguns deles cobertos com pedaços de latas, pedaços de plásticos e até papelão. Muitas vezes tirei dinheiro do meu bolso, comprava telhas para cobrir alguns desses barracos. Eu e a minha esposa fazíamos campanha na vizinhança, com os colegas de trabalho e na comunidade para fazer sextas básicas para diminuir o sofrimento dessas famílias. Fui também voluntário no CVV Centro de Valorização da Vida (um serviço de prevenção ao suicídio). Sempre acreditei que para melhorar a minha vida e as condições de vida do meu país, primeiro eu tinha que estudar, trabalhar, melhorar a minha vida, deixar de ser um peso para sociedade e, se possível, depois, com o meu trabalho, melhorar a vida dos outros também. Após quase trinta anos que fui para São Paulo, retornei para a cidade que nasci, no meu carro próprio, com dinheiro para comprar uma casa e fazer algum negócio. Hoje eu tenho setenta anos, sou aposentado, a minha mulher também, meus três filhos estão criados dois deles fizeram faculdade, uma não fez porque casou antes do tempo. Meus filhos são trabalhadores, também querem melhorar o país, mas não são baderneiros. Apesar dos meus setenta anos de vida, eu continuo trabalhando e servindo ao meu país com o meu trabalho. Se outros são corruptos, se roubam e, se são ladrão, eu não sou. Sei que no mundo sempre existiu e continuará existindo, gente de toda qualidade. Eu procuro ser o melhor que eu posso, e fazer o melhor que sei. É assim que eu procuro melhorar o país. Sei que a minha vida não serve como receita para ninguém. Sei que nem a vida de Jesus Cristo serviu; talvez porque ele não ensinou que para melhorar o mundo se deveria: quebrar portas de bancos, incendiar ônibus, depredar patrimônios públicos, e matar pessoas. O próprio ex-presidente Lula, que passou 31 dias preso, porque defendia melhores salários para os trabalhadores e essa democracia que temos agora, tem muitos por ai, que se pudessem já o tinham colocado em uma cruz como fizeram com Jesus Cristo. DESCULPE-ME, OS QUE PENSAM DIFERENTE DE MIM, MAS EU IMAGINO QUE O PAÍS SÓ SERÁ MELHOR, SE TODOS NÓS FORMOS MELHORES, E NÃO APENAS OS POLÍTICOS QUE AINDA NÃO APRENDEMOS A ESCOLHER. ACHO QUE EM UMA DEMOCRACIA, A ÚNICA ARMA VÁLIDA PARA CONSERTAR, É O VOTO, E NÃO, UMA BOMBA INCENDIÁRIA.

Egídio Timóteo Correia.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Sobre amizade.





Curtas às curtas/23

A amizade é joia rara
Leve como um passarinho.
Quem tiver uma amizade
Cuide dela com carinho
Ou ela pode voar
E procurar outro ninho.








sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O que é bom a gente copartilha






Raimundo Nonato Nonato compartilhou a foto dele.


Sabiás cantadores
Raimundo nonato

Se o amor tivesse asas
Se eu fosse um passarinho
Voaria agora mesmo
Pra encontrar meu benzinho
E se ela fosse outro pássaro
A gente faria um ninho

Se eu fosse um sabiá macho
E ela fêmea sabiá
Na copa de um juazeiro
Que eu conheço acolá
Eu construiria um ninho
Com alegria e carinho
E traria meu bem pra cá

Voa e venha sabiá
Unir seu canto ao meu
Fazer dupla de um casal
Juntar meu dom com o seu
Louve a Deus por ter te dado
Eu louvo a Deus que me deu

Cante daí sabiá
Que eu vou cantar daqui
Nossas vozes se encontrando
Eu me encontro a ti
E dois sabiás juntam as notas
Dó Ré Mi Fá Sol lá Si

Raimundo nonato

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

ALMA CENTRADA por Egídio T. Correia



Eis os caminhos
E cada passo. Por onde passo.
Às vezes flores outras espinhos,
Ou embaraços.
Se me canso um pouco
Paro e descanso,
Logo refaço
Cada caminho cada passo.
Alma centrada - pé na estrada
Vida grudada
No que me faço.
O verso chega - faz companhia.
A rima entra - me orienta.
Outra vez vou pra longa estrada.
Seguindo em frente
Pra onde vou e como vou.
Sem temer nada.