Quem sou eu

Minha foto
Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brazil
Sou metalúrgico aposentado,chaveiro autônomo, gosto de ler e escrever poesias. Visualizar meu perfil completo

terça-feira, 13 de setembro de 2011

poeta pensando/7

Poeta pensando/7

    Todos nós andamos muito preocupados com a violência. Achamos que o mundo está cada vez mais violento. Esquecemos do que fazia o Império romano com os cristãos tentado amedrontar-los para eliminar o cristianismo. O império Romano não se fez respeitar e foi destruido e o cristianismo não. É uma pena que até hoje nos homens ainda não entendemos que ninguém se faz respeitar pela força ou pela violência, podemos até sermos temidos, mas não, respeitados. (eu escrevi isso em 1986).   Quando somos pessoas civilizadas, e somos contrariados por algum adulto, não batemos e nem pensamos em bater nessa pessoa. Um adulto já pensa como adulto, sabe o que está fazendo, muitas vezes sabem o que não gostamos, mesmo assim, fazem o que não gostamos, mas nós que somos “civilizados” não batemos nele. Se um filho adulto nos contraria, não batemos nele.  Por quê? Por quê é errado bater em um adulto? Por covardia, por que temos medo que o adulto revide, e nos bata também? Porque não queremos fazer feio na sociedade? Mas se um filho nosso pequeno, de cinco anos, por exemplo, fizer alguma coisa que não gostamos nós achamos que devemos bater nele, para educar-los, ou porque ele não pode se defender? Nos filhos dos outros nós não batemos, achamos errado bater, por quê? porque achamos errado bater nos filhos dos outros, ou por covardia, por medo dos pais da criança? Nos nossos filhos, podemos bater a vontade, já que sabemos que a criança não pode nos encarar, se defender? Repito - por que não batemos em um filho de vinte anos, mesmo quando achamos que esse filho fez coisas que achamos erradas? Por quê o de cinco tem que apanhar e de vinte não? Que justiça é essa, que raciocínio é esse? Se é um adulto que já sabe pensar, tentamos resolver as coisas com o diálogo, com uma criança, tentamos resolver com tapas? ESQUECEMOS QUE QUEM ENSINA BATENDO, ENSINA A BATER. É esse o ensinamento que queremos dar para nossos filhos? Se amanhã o nosso filho maior bater em um irmãozinho menor quem foi que ensinou, não foram os pais? Que educadores somos nós, educadores de  injustiça, de covardia, de  violência? Eu já ouvi dizer que: QUEM APANHA MUITO DOS PAIS QUANDO CRIANÇA – BATEM MUITO NOS FILHOS QUANDO SE TORNAM PAIS - OU PIOR AINDA, SÃO INDIVIDUOS VIOLENTOS NA SOCIEDADE. É como se fosse uma espécie de vingança acumulada em seus subconscientes. Outros dizem que quem não apanhou dos seus pais acham que devem bater nos filhos, é como se achassem que deveriam ter apanhado e não apanharam, por isso devem bater nos filhos. Não sei, não sou Psicólogo, não sou educador, nem pretendo sê-lo, mas com certeza não sou burro. Só há um motivo que eu acho que se deva bater em uma criança, é quando essa criança bate em outra, menor do que ela, ainda assim, quando os pais não ensinaram a linguagem do bate-bate ou do bate aprende. Particularmente Considero um ato de covardia não se bater em quem já sabe o que é certo e o que é errado, mas se bater em quem não tem tanto discernimento ainda. Todos os nossos filhos são cidadãos do mundo, não são propriedade nossas, e só porque somos pais temos o direito de fazer com eles o que quisermos Isso é um pensamento no mínimo, ultrapassado, arcaico, e que não cabe mais em sociedade que se diz moderna e civilizada. Será que nós pais não estamos sendo os responsáveis pela violência do mundo?
Isso é o que eu penso - Egídio Timóteo Correia. 06/08/2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário