Sobre o mensalão /5
Qualquer pessoa,
por mais bobinha que seja, sabe que tudo na vida tem um preço.” A gente paga
para nascer e paga para morrer” já disse
muito bem o poeta.
Apoio
promocional, (através da mídia), apoio
financeiro e principalmente apoio político tem um preço. Ninguém ganha uma eleição sem gastar tempo e dinheiro.
Portanto, ninguém vai apoiar ninguém sem algo em troca.
Quando o eleitor
vota, ele também está querendo algo em troca. No mundo capitalista política
também é negócio. Compra-se aqui e vende-se ali. Nem relógio trabalha de graça.
Nem um galo canta de graça. No Brasil existem aproximadamente trinta partidos
político, menos de seis deles tem chances de eleger um presidente do país.
Estes partidos existem justamente para vender apoio político. Sem apoio não se
governa, sem comprar não se tem apoio. Sempre foi assim, é assim, continuará sendo assim. Qualquer pessoa bem informada sabe disso. Fingir que não se
sabe disso é pura fantasia demagógica. Ou venda de mercadoria falsificada.
Na Roma antiga existia o seguinte o pensamento:
“Aquilo que não é bom para o exame não é bom para a abelha” E mais, alguém já
disse que “ a paz é fruto da justiça
social ” A pergunta é, o capitalismo selvagem se preocupa com isso? Existe
algum capitalismo que não seja selvagem? O que parece é que na selva vidas se
alimentam de vidas, nas cidades o capital se alimente de lucros. Em ambos os
casos, a justiça, não importa na hora de satisfazer os apetites. O que importa
no capitalismo é que os fins justifica os meios. E os fins são os lucros; não
importa se justo, se ético, imoral, se animalesco ou selvagem.
O capitalismo se diz responsável pelo
progresso do mundo, será? O progresso que destrói o progresso e o próprio
mundo, pode ser considerado progresso?
Quem será mais civilizado, aquele que vive com o suficiente para a
sua sobrevivência, como os índios, ou quem ganha muito mais do que precisa e que destrói o seu próprio habitat?
Nos
consideramos animais racionais e mais inteligentes do que os outros animais.
Consideramos a falta de inteligência como burrice, nos referindo ao animal
chamado burro, mas o burro não usa cigarros, não toma cachaça, não usa drogas,
não mata por preconceito, por inveja, por ciúmes, por ganancia, por fanatismo
político, desportivo, ou religioso e principalmente não destrói o mundo em que vive para acumular riquezas momentâneas e passageiras. Eu não conheço regime
político perfeito. Já que todos eles são idealizados pelos homens e suas
imperfeições. Mas conheço aquele que me parece o mais vil e imperfeito. Onde
muitas vezes o dinheiro vale mais do que o próprio homem. O sistema em que quem
tem muito dinheiro pode tudo, e quem tem pouco ou nenhum vale nada. O sistema
em que quem tem muito dinheiro, compra, corrompe, influencia através da mídia, para
que os seus roubos sejam considerados legais e que o roubo dos outros sejam
ilegais. Na selva propriamente dita prevalece a força bruta, no capitalismo
prevalece a brutalidade do capitalismo.
OBS: Eu não
sigo doutrina; comunista, monarquista, anarquista, nazista, militarista,
absolutista, xiita, socialista, nem qualquer outro tipo de terminação “ita” só
não concordo com uma sociedade onde poucos podem tudo e muitos podem nada. Nem
posso achar que isso seja uma forma inteligente de vida. Até mesmo, porque na
prática, tenho visto muitos gananciosos tornarem-se vítimas da própria
ganancia.
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