CORDEL
DO CONTRADITÓRIO/07
Estou
vivo no presente
Não
vivo preso ao passado.
Estou
sempre me construindo
Não
sou um ser acabado.
O
futuro me ensinará
Com
seus futuros recados.
Se
o “futuro a Deus pertence”
E
não sou um deus adivinho
Vou
tropeçando nas pedras
Que
encontro pelo caminho.
Não
domino qualquer verdade
Nem
sou verdadeiro sozinho.
Vou
escolhendo verdades
Conforme
me aparecem.
Passo
no crivo da mente
Pra
ver o que acontece.
Aceito
ou refuto verdades
Pelo
que elas parecem.
Lembro-me
de Isaac Newton
Lembro-me
de Ptolomeu.
De
Leonardo da Vinci
E
os problemas de Galileu.
E Que
a terra já foi quadrada
Como
o mundo conheceu.
Copérnico
foi perseguido,
Cientistas
foram queimados,
Por
defenderem princípios
Que
hoje são comprovados.
E cientistas
também erraram
Em
muitos enunciados.
Se
o homem é cria de Deus
Deus
vive dentro do homem.
Mas
o homem enxerga Deus
Com
o tamanho da sua fome.
Já
quem é materialista
Deus
é o que ele consome.
Certo
ou errado eu não sei
Consultei
o Deus que eu tenho
Ele
disse para eu moer
Com
as moendas do meu engenho
Pra
não ser “aceita tudo”
Nem
ser um crítico ferrenho.
Sou
“metamorfose ambulante”
Mas
defendo as minhas verdades.
Algumas
são diferentes
Daquelas
da mocidade
Outras
estão inteirinhas
Não
mudou com idade.
Qualquer
um pode julgar
Esse
meu modo de ser.
Esse
julgamento é feito
Pelo
modo de se vê
Só
não posso acreditar
Em
tudo que alguém crer.
Nem
tudo que diz um poeta
É
aquilo que ele sente.
Poeta
é só um intérprete
Do
que pensa muita gente.
Não
é verdadeiro em tudo
Nem
em tudo que fala – ele mente.
Se
ofendi a alguém
Nessa
minha narração
Se
fui contra a um princípio
De
alguma religião
Juro
de pés juntos e confesso
Não foi a minha intenção.
O cordel contraditório
Tem falhas que muitos têm
Pode até acertar
Conforme os olhos de alguém
Mas “o olho que
tudo vê”
Só de Deus e mais ninguém.
uma bela poesia amigo linda
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