POEMA MADURO
Eis que chega
A idade da razão.
Essa em que
Já não se tem
Tanta ilusão.
Torna-se mais
real
O que a gente sente.
O semblante mais maduro
Sabe mais
Sobre o futuro
E se é menos inocente.
Já não se teme tanto
A perda dos anéis.
Os sentidos
Mais argutos
Palmilhou muitas estradas
Muitas páginas
Já viradas
Dizem que os sonhos
Devem ser melhor, medidos
Para não ser confundidos
Com simples fantasias.
Agora
O caminhar fica mais lento,
A memória esquece mais,
Outros valores se criam.
Já é tempo
De rever todo o passado
O presente
É colheita dos acertos
E dos errados.
A Terra tem que ser
Melhor carpida
Para os frutos nela plantados.
Anda-se menos
em contramão.
Só uma coisa continua igual;
É quando se trata de sentimentos
E assunto do coração
Egídio T. Correia
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