QUANDO
EU ESCREVO
Sobre
os poetas eu já ouvi certos comentários,
Alguns
deles - não muito agradáveis.
Preocupado,
fui ao dicionário e lá encontrei:
Poeta
é aquele que gosta de se comunicar e escrever em versos;
São
idealistas, sonhadores, e até devaneiam quando escrevem.
Aí
eu me lembrei de John Lennon, quando fez a música Imagine.
Lennon
propôs: “Imagine o mundo sem fronteiras, sem divisões políticas ou religiosas.
Sem
preconceitos de raças, de casta ou de cor, sem guerras.
Sem
nenhum motivo para matar ou morrer – E, todas as pessoas vivendo a vida em paz.
Você
pode pensar que eu sou um sonhador, mas com certeza eu não sou o único”.
Acho
que ele, Lennon, se referia aos poetas.
Já
Fernando Pessoa, disse que o poeta é um fingidor,
Que
até finge sentir, a dor que não sente.
Para
mim, um poeta deve ser considerado como um interprete de sentimentos,
Talvez
- um jornalista da alma.
Mas
para não polemizar nem contradizer aos que acham que os poetas são sonhadores
Ou
até loucos, eu escrevi:
Realmente,
quando eu escrevo,
Eu
me perco e saio dos caminhos da lucidez,
Fantasio
crio asas e voo, voo, voo...
Por
espaços, céus, que nunca voei.
Quando
eu escrevo,
Ouço
sons de harpas, lira, violino e instrumentos,
Que
nunca dedilhei.
Quando
eu escrevo,
Encontro
- me com a musa inspiradora, irmã de Apolo,
Afrodite,
deusa do amor, Minerva, deusa da sabedoria,
E
muitos, muitos outros querubins.
Quando
eu escrevo,
Os
meus versos são como baldes de ouro,
Adornados
de pedras preciosas,
Com
muitas esmeraldas, safiras e rubis.
Quando
eu escrevo,
Sou
um explorador do imponderável,
E
como borboleta grandiosa sobrevoo,
Montanhas,
cumes, picos e mil jardins.
Se
isso é loucura, meninice, sandice, eu não sei.
Não
sei se se são apenas sonhos, delírios, devaneio ou coisas assim.
Como
não vou a divãs de analistas freudianos, continuo escrevendo sem saber,
Se
isso é bom ou se é ruim.
Por
enquanto, longe de manicômio, sanatório,
Psiquiatras,
psicólogos, enfim;
Quando
eu escrevo, meu universo são meus versos.
Portanto,
todas as estrelas do infinito,
Cabem
aqui, dentro de mim.
Egídio
Timóteo Correia.
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