Terminou mais uma copa do mundo. Onde todos nós brasileiros ficamos muito
tristes. Não só porque não ganhamos o hexa, mas, pela forma que perdemos.
Ficaram mais algumas duras lições para serem aprendidas. A primeira delas
é a que já se sabe, torcida não ganha jogo. Compramos camisas, bandeiras,
enfeitamos as ruas, torcemos, torcemos muito. Houve quem cruzou os dedos, fez
figa, promessas, orações, mandingas, simpatias, e nada. Sonhamos, sonhamos
muito, os atletas sonharam. Aliais, todos os participantes que aqui estiveram
sonharam. As seleções teoricamente mais fracas sonharam em ir o mais longe
possível (como a seleção da Costa Rica fez) As mais conceituadas queriam o
título, e principalmente o Brasil, jogando em casa.
A segunda lição, é que precisamos deixar essa besteira de que, “vence
quem acredita em seus sonhos”. Afora os estados unidos, com 314 milhões de
habitantes, quem tinha mais sonhadores fomos nós, com mais de 200 milhões de
sonhadores. Otimismo não faltou; Antes de começar a copa, PARREIRA DA COMISSÃO
TÉCNICA, DISSE: “JÁ ESTAMOS COM UMA MÃO NA TAÇA”.
Mais uma lição, otimismo não ganha nada. A seleção da Costa Rica chegou aqui pessimista dizendo que vinha
apenas para participar, já que estava no chamado “grupo da morte”, onde tinha
três seleções, campeãs mundial. Mas a Costa Rica “fez bonito” O Brasil não. (Eu
costumo dizer que, quem pensa diferente da maioria é rejeitado por essa
maioria) Uma das razões, é que a maioria gosta de se enganar. Acreditar no que
dizem os vendedores de fantasias, (quando mandam acreditar nos seus sonhos).
Outra coisa que eu digo, é que (um pessimista é um chato e um otimista um chato
e meio) Eu nunca acreditei em sonhos, otimismo; eu sempre acreditei em estudos, trabalho, competência, esforço,
garra, coragem pra lutar, planejamento, perseverança, para se conseguir aquilo
que se quer.
Eu não
consegui muita coisa, em termos financeiros na vida, mas, o pouco que eu
consegui, foi com muito trabalho e dedicação. (Não estou com isso, querendo dá
receita de vida, a gente sabe; receita de vida não existe), cada um tem
aspirações próprias, e entendimentos próprios, de como deve gerir a sua própria
vida. Mas a lição, mais importante, que nos deixou essa copa, é a que nos deu a
seleção da Alemanha, essa sim, vem a mais de dez anos, se preparando, estudando
seus adversários, principalmente o Brasil, enviando técnicos para as divisões
de base do futebol em vários países, principalmente aqueles teoricamente, melhores
no trato com a bola Chegou aqui, conquistando a torcida brasileira, estudando o
temperamento festivo dos brasileiros, entendendo a alma brasileira. Fez como um
lobo, que se faz de bobo, quando quer pegar a sua presa, (quanto mais se é
inteligente mais fácil se torna fácil para seduzir, quanto mais bobo mais fácil
para se iludido). Os alemães nos seduziram levaram o que mais nós queríamos e
ainda ganharam a admiração dos brasileiros. Será que nós brasileiros
aprenderemos com isso, não sei, como se diz, “o brasileiro tem memória curta”, o
chamado “Maracanaço” de 1950 não nos ensinou nada. Eu cheguei a postar aqui no
Face que estava muito preocupado com excesso de otimismo que estava observando
por parte dos brasileiros. Continuamos acreditando que o jeitinho, o improviso,
o otimismo, a festa, o carnaval, o axé, que Deus é brasileiro, e que ele,
resolverá tudo sempre. Achamos que basta
acreditar, e sempre seremos os melhores do mundo. Até quando acreditaremos
nisso, ninguém sabe.
Egídio T. Correia.
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