Quem quiser
me entender
Há de ter
boa vontade
Os “nãos’
que a vida me deu
Fez em mim
minhas verdades
Pra ser
velho como estou
Caminhei da mocidade.
Meus caminhos
maus – traçados
As durezas
dessa vida
Me trouxe alguns
encontros
Outras
tantas despedidas.
Aprendi a
suportar dores
E curar
minhas feridas.
Meus
problemas, minhas lágrimas,
Não divido
com ninguém
São coisas
que me pertencem
Com elas
convivo bem.
Não sou vítima
sou aluno
Das lições
que a vida tem.
Às vezes
pareço rude
Esse é meu
lado grosseiro
Como rosas
tenho espinhos
Tenho pétalas, tenho cheiro.
Às vezes
pareço frágil
Não se
engane, sou guerreiro.
Como rocha me defendo
Sou duro de
ser quebrado
Com doçura
me desmancho
Sou gentil e
delicado
Conforme a
procura me encontram
Em qualquer
um dos dois lados.
Egídio Timóteo Correia.
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