MEUS
VERSOS VERSUS GRAMÁTICA .
Levo jeito para escrever
Não, para memorizar,
Por isso apanho da Língua
Quando vou escrevinhar.
Nossa língua vem do latim
E do grego, pra complicar.
Dialetos africanos e indígenas
Somam-se no linguajar.
O “C” “SS” “Ç”
Iguais no pronunciar
Fazem confusão como os quintos
Se precisamos grafar.
O “H” é outro tonto,
Que a gente tem que usar.
Mesmo quando nada muda
Se o tirássemos de lá.
Hidrelétrica, hora, homem, honesto;
Tem o mesmo som sem “H”.
Esquecê-lo? É ignorância!
No começo dessas palavras,
Temos que o colocar.
“CH” e “X”
Merecem muita atenção.
Chuchu e xícara,
Chato, xarope, chaveiro, chorão.
No exame “X” é um “Z”
Veja só a confusão.
“S” e “Z” outra encrenca
Que deixa um aloucado
Tem horas que “S” e “Z”
Precisa muito
cuidado.
Se não, um se
confunde com outro
Muda o significado.
“J” e “G”, ai meu Deus!
Ajude-me! Preciso lembrar,
Que tigela não é canjica.
Aquela com “J” se come;
A outra com “G”
Só serve pra cozinhar.
Eu juro que não me entendo
Com certas regras da nossa escrita.
Criar pensamentos é fácil.
Mas essa norma erudita
Faz-me cometer cada erro
Que nem Deus do céu acredita.
“Só memória de elefante”
Como se diz no ditado
Pode lembrar tantas regras
E nunca escrever errado.
Não, um velho como eu.
Já ficando esclerosado.
Egídio Timóteo Correia
Muito bom, acho que a maioria de nós todos passamos por isso
ResponderExcluirLays Freitas